Ciceroneando

Foto: Juh Moraes

 

 

 

No ofício de travar o combate pelos terrenos culturais, quiçá o imprevisível seja o que de melhor possa acontecer. No caso específico da Diversos Afins, pensamos em tal perspectiva, sobretudo quando temos de fazer convergir signos oriundos de imagens e palavras. Nunca há uma fórmula exata para promover a harmonia entre estas duas linguagens. A ciranda das colaborações gira alheia a critérios herméticos de classificação das perspectivas, e o melhor de tudo é podermos aproveitar cada autor e artista num processo de “cumplicidade involuntária”. Tentar perceber o que criadores trazem em si enquanto elemento fomentador de diálogo com outras expressões é, certamente, o que mais perseguimos em termos de conjunto. E é só depois de entrever os horizontes vislumbrados pela obra de cada colaborador que é possível consolidar um desejável caminho de unidade na diversidade. Hoje, a 68ª Leva é regida pelos arremates delicados contidos nas fotografias de Juh Moraes. Através delas, um bailar de signos convida os textos para a composição de um cenário no qual viver é mais do que urgente. E assim, tomados por tal ânimo, vamos descortinando sabores pelos versos de Fabiana Turci, Aline Aimeé, Vitor Nascimento Sá, Viviane de Santana Paulo e Helena Figueiredo. Numa entrevista, o poeta José Inácio Vieira de Melo fala sobre seus sensíveis percursos literários. Os dedos de prosa da vida andam intensos nas linhas de Daniel Faria e Regina M. A. Machado. Depois de alguns anos de espera, a banda OQuadro lança seu primeiro disco, e os efeitos disso giram nas agulhas do nosso Gramofone. Com propriedade, o escritor Jorge de Souza Araújo enreda caminhos em torno do novo livro de Antonio Nahud Júnior. Noutro ponto, os poemas de “Sísifo desce a montanha”, a mais recente obra de Affonso Romano de Sant’Anna, são tema das densas observações de W. J. Solha. A percepção cada vez mais aguçada de Larissa Mendes nos conduz até a produção cinematográfica “O Futuro”. O ator e diretor Rafael Morais relata os desafios envolvidos na montagem de um espetáculo teatral, enaltecendo a arte do encontro com o público. Munidos pelos imperativos da diversidade, abrimos as veredas de uma nova edição. Seja bem-vindo, caro leitor!

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1 comentário

  1. Jose´
    “E agora, José”, que seus “olhos estão pasmos de tanto ver” cante, cante porque o instante existe, e sua alma alma não é vazia.
    Parabéns pela bela entrevista e parabéns ao sempre belo trabalho de Fabrício Brandão.

    Ei, pessoal da DIVERSOS o site ficou muito bacana, mas eu, na minha santa ignorância, não sei se estou publicando na página do escritor ou na REVISTA. Espero que desta vez eu tenha conseguido deixar o comentário sobre a arte de JOSÉ INACIO VIEIRA DE MELO.

    Abraços
    Neuzamaria

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