Ciceroneando

 

Foto: Bárbara Bezina

 

Mesmo que de forma involuntária, cada ano que finda encerra consigo alguma espécie de ciclo. No caso específico de um projeto como o da Diversos Afins, tal transição de etapas se opera na compreensão de que algumas construções aqui feitas abrem espaço para outras mais. Desse modo, há o estímulo natural para que novas vozes tragam até nós o que de mais genuíno elas podem apresentar: suas identidades. São encontros proporcionados pela expressividade oriunda de palavras e imagens, verdadeiro coletivo sobre o qual criadores engendram a substância de seu pensamento. A ideia de reunir autores e artistas das mais distintas orientações e estilos acaba sempre por contemplar o propósito central da revista, que é o de mostrar a pluralidade de expressões. E assim vamos aprendendo a seguir adiante, pois é a experiência vivida a cada fase alcançada quem dá o tom e a medida do que precisamos ajustar e melhorar. Tanto no terreno da Literatura quanto das demais artes aqui veiculadas, as revelações acontecem de modo muitas vezes inusitado, dividindo as frentes de atuação entre aquilo que é pesquisado por nossa equipe e o que é resultado da adesão espontânea dos interessados em colaborar com a caminhada. Dá para sustentar com bastante firmeza que a revista é um trabalho de permanente construção, constatação esta que sempre nos lança um desejoso olhar para o futuro. 2017 finaliza seus ímpetos, mas deixa conosco o sabor da descoberta, condição que se projeta para as intenções do ano que virá logo em seguida. A Leva 122 traz em seu âmago o contato e consequente publicação de alguns autores que estreiam conosco. Quem povoa com a pungência de sua arte todos os recantos da nossa mais nova edição é a fotógrafa argentina Bárbara Bezina. Nos cadernos de prosa, desfilam as palavras de Anderson Henrique, Viviane de Santana e Marcelo Ariel. Tocando em temas tão caros à literatura contemporânea, o escritor Nivaldo Tenório concede uma entrevista a Sérgio Tavares. É Guilherme Preger, com sua precisa análise, quem nos convida a assistir o filme francês “A Trama”, mais novo trabalho do diretor Laurent Cantet. Na agulha de nosso Gramofone, giram as impressões sobre o segundo disco da banda OQuadro. Por aqui, também passam os versos de poetas como Teresa Coelho, Vladimir Queiroz, Rafaela Ferrari, Hilton Valeriano e Ana Freitas Reis. São de Vivian Pizzinga as valiosas reflexões em torno do espetáculo teatral canadense SIRI. Num verdadeiro convite à leitura, Geraldo Lima dedica atenções especiais para “O tapete voador”, livro de contos de Cristiane Sobral. Com o melhor que o presente pode nos proporcionar, eis uma nova jornada de expressões culturais, caros leitores! Sejam bem-vindos!

Os Leveiros

 

 

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