Anna Apolinário
AÇOITES
Angústias castigam estrelas
Ruínas laceram papoulas
Lembranças torturam meus sonhos
Poemas mastigam meus dedos
O amor
dói-me nas veias.
***
EPIFANIA
Grafito em tua alma
Um verso vermelho
Serpe sibilina
Estilhaço de estrela
Tatuo em tua boca
Que mordo com rimas
A flauta de fogo
Da minha poesia
(Anna Apolinário é natural de João Pessoa, Paraíba, poetisa e pedagoga. Participou de várias antologias nacionais. Foi premiada com o 4° Lugar no VI Festival de Poesia Encenada do Sesc Paraíba em 2010 com o poema “Dédalo”, no mesmo ano publicou seu primeiro livro, “Solfejo de Eros” pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores (Rio de Janeiro -RJ)