Aperitivo da Palavra II

ACERCA DO LIVRO CURSIVO MENOR DE ANTÓNIO VERA*

Por Maria Lúcia Lepecki 

 

 

É um caso raro de acontecer. Eu considero ser um privilégio meu estar aqui a apresentar uma pessoa que durante cinquenta anos escreveu para si mesmo, para a gaveta, e eventualmente, de vez em quando, para aqueles que, como o que está lá ao fundo [o editor], o quiseram publicar, não é verdade? É uma vida dedicada a uma fé. O autor acredita na poesia, acredita na palavra. Eu me sinto de facto comovida de poder estar aqui com ele hoje e gostaria de vos explicar com palavras muito simples, e não vou ser longa, o que é a poesia lírica. A poesia lírica é aquela poesia que mais de perto nos fala ao coração. Aquela que nós gostamos de recitar, aquela de que nos lembramos quando estamos a conversar com os amigos: olha, os sonetos de Camões; olha um poema da Natércia Freire… É aquele que se nos entranha por dentro.

A poesia lírica é uma espécie de conversa de uma pessoa com o mundo, é uma conversa quase secreta. Disse um teórico canadiano da literatura, Northrop Frye, que a poesia lírica é feita do eu para o eu, mas ela é feita também para ser dita ao outro, porque é evidente que ela é uma forma de comunicação. Disse o teórico Northrop Frye que, quando lemos a poesia lírica é como se fosse um ato de indiscrição, é como se a gente “tresouvisse” a privacidade absoluta do outro e é como se esse outro generosamente nos deixasse entrar naquilo que nós costumamos chamar, e bem, de “alma”; entramos na alma do outro pela poesia lírica.

Uma coisa que a poesia lírica tem de muito bonito e que nos faz gostar dela, é o aspeto ritualizado: ela tem um ritual, um jeito de dizer as palavras, um jeito de organizar as ideias que faz com que tudo fique musical e não é à toa que ela é chamada de “lírica”. É porque no início ela era acompanhada pela lira, acompanhava-se ao som da lira. Aquilo fazia uma junção da palavra com a pura melopeia que acompanhava essa palavra. O nosso amigo António Vera nos seus cinquenta anos de escrita secreta acompanhado pela esposa, com certeza que era a sua musa, já se sabe. Não é verdade, ou talvez até tocasse mesmo lira. Às vezes, no convívio de um casal, fazem-se muitas coisas ao longo da vida.

O nosso amigo António Vera tem no meu entender uma grande noção daquilo que faz a substância da poesia ocidental e da lírica ocidental. Essa noção é, em primeiro lugar, a da musicalidade. Ele tem música nos poemas, ele trabalha muito bem nas retomadas dos mesmos sons dentro do mesmo verso ou entre versos. Ele trabalha muito bem no ritmo, como é que ele quer que o leitor leia, com que pausas, com que forças, com que subtilezas de voz. Ele precisa disso, ele sabe fazer isso e, sabendo disso e precisando disso, ele se enquadra de pleno direito na tradição da poesia em que nós vivemos. Aliás, ele se enquadra também porque revisita formas da poesia. Ele faz, por exemplo, uma linda cantiga de amor, neste livro, como faz também sonetos, que são formas particularmente difíceis. O Couto Viana** e o Nogueira*** dirão: “mas o soneto é uma forma exigente”, o soneto pede uma disciplina mental muito grande para você construir uma ideia e chegar àquilo que se chama “chave de ouro” e, portanto, não é qualquer um que faz um soneto. António Vera tem preciosos sonetos e, daqui a pouco, lerei um deles.

Queria falar ainda um bocadinho, que eu não quero tomar muito tempo. Nós temos que pedir ao Papai Noel para trazer ao Fernando**** umas cadeiras de presente para o Natal para os próximos lançamentos, para podermos explicar melhor as obras literárias. Temos que explicar depressa [pois] com o pessoal de pé, não dá. Mas eu queria dizer uma coisa para vocês que é o seguinte: eu, no começo, disse que o lírico é aquele que se encanta perante a variedade do mundo. O mundo é variado, o mundo é diferente, o mundo é bonito, o mundo nunca é igual. O mundo é sempre uma provocação e o lírico sabe disso, e ele dialoga com o mundo e dialoga através de determinados temas que são também revisitados em toda a tradição cultural europeia e talvez mesmo universal, e que são os temas revisitados também pelo António Vera. Por exemplo, um tema fundamental é o tema do tempo. O tempo passa. Ele tem imensas poesias sobre o tempo que passa. E aquele tempo que passa e que ele retrata nos poemas é um tempo que simultaneamente dá a vida, porque evidentemente nós vivemos no tempo, mas traz a morte também. Porque o tempo é aquilo que nós vamos caminhando através de, não é verdade? E vamos chegar ao outro lado. Então nesse tipo de temática vocês encontrarão laivos de melancolia muito bonita, uma melancolia por vezes muito discreta, muito subtil; ele é muito discreto, ele não é um homem do dizer com muitas palavras, ele não é um homem de muitos adjetivos, ele é um homem do pudor do sentimento.

Um outo tema que ele tem, é o tema da morte e outro tema é o tema da natureza. São todos três temas privilegiados na nossa tradição. Quando ele trabalha esses temas, obcessivamente ele fala uma vez naquilo, depois ele torna a falar, depois no poema seguinte toca noutro assunto, depois retorna ao primeiro, vai revisitando a mesma preocupação, que é uma preocupação humana. O que é que ele está fazendo? Ele está fazendo aquilo que todo o poeta faz e que se não se faz isso não se é poeta. Ele está a estabelecer um lugar da sua reflexão sobre as coisas, ele pensa sobre as coisas, ele vai refletindo e quando nós refletimos sobre as coisas, é evidente que nós não pensamos nelas uma vez só. Para a nossa medida precisamos voltar ao mesmo lugar, tornar a pensar, ver como é que é, contar de novo. E quando ele estabelece esse espaço de reflexão e o revisita, ele então inocula na sua poesia aquilo que eu gostaria de chamar, António Vera, de dimensão filosófica. É a dimensão do pensamento que se constrói sistematicamente, retornando aos mesmos temas e tentando ver até que ponto aqueles temas pesam ou não pesam dentro do imaginário do ser e dos seus livros. Eu vou dar para vocês alguns exemplos, vou ler para vocês alguns poemas do António Vera:

 

4

da talha benta da senhorinha morta,
vazio o bojo de pedra, polido.
o rosto deitado da senhorinha morta,
cobre-o um lenço de linho.

quem foi o rosto copiado em cera e lírio
da senhorinha morta?

responde (o que responde?) o bojo polido,
o bojo da talha benta da senhorinha morta,
com uma lágrima de vidro:
conta de um terço rezado à senhorinha morta,
em tempo ido.

 

17

crepita um vento fraco
na crista lúcida da onda.
colada à sombra do barco
desliza na água minha sombra.
planície, verde várzea,
móvel e falso espelho de deus,
retém a quilha, gela a água!
que vento, quilha, mar e sombra
sou eu.

 

38

verde o reflexo na folha iluminada.
sobre ele adeja a minha nostalgia.

agora lembro aquele antigo dia
feito de som e água.

e um quase nada
daquela cor
aflora aqui a relembrar a minha vida
que se esbate no ar
como o vapor da madrugada.

 

68

a solidão alonga pelo rio,
direita à barra, seu ventre de metal.
presa a estibordo, a dor, que vai partir,
tenta ficar soldada àquele pontal.
manhã nascente, é noite noutro rio.

passos nus, vacilantes, de um arrais,
timbram o silêncio de um som mole e cavo,
e um grito de sereia põe um travo
de acre certeza num manar de ais.
os sinais amarelos das vigias
abriram rumo sobre o rio plano,
enquanto em nós se abre um oceano,
em que naufragam terras e alegrias.

 

Ele tem espírito de humor também. De vez em quando os poemas dele são poemas de espírito de humor:

 

75

à mulher que mais amei
levou-me o vento um recado:
— perdoaste?
— perdoei!
ó vento, muito obrigado!

 

E agora é a revisitação, noutro poema, da poesia medieval da cantiga de amigo:

 

94

ai flores, ai flores do rosmaninho,
se sabeis novas de outro olor amigo,
trazei-mo de volta, de sândalo ou trigo,
trazei-mo de volta, que de respirar vivo,
que de amigos vivo,
que de respirar vivo.

trazei-mo de volta, fazei-mo vizinho,
trazei-me um amigo, que não um cativo,
livre como o vento, vivaz como um vinho,
que de amigos vivo,
que de respirar vivo.

ai flores, ai flores do rosmaninho,
partiram as barcas, eu fiquei sozinho,
salsugens, madeiras de pinho e de azinho
zarparam pelos ares, foram-se os amigos,
fiquei no azul, suspenso, sozinho…
trazei-mos de volta,
que de amigos vivo,
que de respirar vivo.

 

* Texto que serviu de apresentação da obra quando do seu lançamento em Lisboa a 17 de dezembro de 1998, na Livraria Colibri da Universidade Nova de Lisboa.
** Referência a António Manuel Couto Viana (1923-2010), notável poeta português, dramaturgo, ensaísta, ator e encenador.
*** Referência irónica a um dos apelidos de Fernando Pessoa: Fernando António Nogueira Pessoa.
**** Referência a Fernando Mão de Ferro, primeiro editor deste livro.

 

 

ONZE POEMAS DE ANTÓNIO VERA

 

[sem título]

 

da talha benta da senhorinha morta,
vazio o bojo de pedra, polido.
o rosto deitado da senhorinha morta,
cobre-o um lenço de linho.

quem foi o rosto copiado em cera e lírio
da senhorinha morta?

responde (o que responde?) o bojo polido,
o bojo da talha benta da senhorinha morta,
com uma lágrima de vidro:
conta de um terço rezado à senhorinha morta,
em tempo ido.

in cursivo menor, 2000, pág. 20.

 

 

[sem título]

 

a morte é um planeta inabitado,
donde partiram quantos ali foram
ou voluntariamente ou enganados,
buscando alojamento, paz, alfombra,
descanso para a alma, ou magoados
por não haver onde esconder a sombra.

tal planeta lá para oeste fica,
bem para trás do sol posto, onde se expande
o raio verde, com o fim do dia,

sarcástica mansão dos desenganos
dum mundo atafulhado só de vida,
mas que à vida responde só com vida
e aos desenganos só com desenganos;

onde o tempo-matéria se desfaz
com presteza contrária à da luz
e os calendários giram só pra trás

 

in palavras com rosto, 2000, pág. 75.

 

 

roleta

 

uma fonte, dois cântaros:
em um deles, veneno;
de um só tu beberás.

a tua sede aperta.

alguém te diz “és livre”;
alguém te diz “és cego”.

a tua sede é muda.

acerta ou desacerta,
mas beberás com pressa.

e, certo, serás livre,
nesse momento eterno,
que tu decidirás.

 

in as pestanas de Afrodite, 2001, pág. 29.

 

 

torre do bugio, pau de água

 

à beira de um tejo azul,
grosso pau de água soluça
verdes folhas enlaçadas
em forma de coração.

chora a tepidez dos trópicos,
chora por chica da silva
que lhe afagava o formato
de pau-brasil em ereção,

e os quindins de sinhá-moça,
ao passar por ele as mãos,
duas mil léguas pra lá
dum meridiano a oeste
deste que o ata por cá.

ai! porque as mãos de sinhá,
palmas de leite de coco,
levam-no ao bugio mirar
como se ele fosse um sinal:

a torre sendo um pau de água,
prantado à barra do tejo,
pelas águas enlaçado…
e as dobras das ondas fossem

as lamas das mãos de iá-iá.

 

in escrito na margem, 2003, pág. 43.

 

 

Esta apagada e vil tristeza
(agosto, 2003)

 

entre a piedade e o desalento
revejo monte e vale:
queimado quase tudo
sujos rios
pobres
desempregados
traficantes
bêbados de poder
e de arrogância
ou de mau vinho.

e indigno-me sozinho
comigo e o nosso mal:
terem-nos roubado
o gesto e a sanha
o número e a vontade
as luzes do saber
sequer a manha
de dar sentido e nome
a Portugal.

 

in sons que falam, 2004, pág. 100.

 

 

Flor de sangue

 

caem sonhos no poço onde cai sangue
arterial, contigo misturado,
como um pastor no meio do seu gado
segue o expirar da tarde estreme e langue.

e no poço flutua a flor do mangue
que no líquido vive – é o seu fado –
e no líquido morre: lado a lado,
vida e morte excessivas, força exangue.

é nesse espaço rubro, em quatro quartos,
que a terna flor, vivendo as estações,
dá sustento a nós dois, tornados plasma,

a circular no corpo, em sonhos fartos
de posse, de avidez de sensações,
ébrios da fina dor que entusiasma.

 

in de amor e desengano, 2005, pág. 108.

 

 

O Lacrimensor

 

chora-me ainda hoje
a minha morte breve
para eu saber
se ainda me memoras

medir-te as lágrimas
no rosto
bebê-las a correrem
plo teu corpo

tocar a minha vida e morte
em trasladado gozo

e evaporada a alma
dessas lágrimas
tomá-la dos teus olhos
tão bem vivos

in estrofes elementares, 2007, pág. 102.

 

Esconjurando o inverno

 

desde a raiz da minha vida
uma seiva de fé e de certeza
me sobe ao coração
e a tenho presa
no estame desta flor
que a ti entrego

põem-na entre os teus seios
…………esses meus amores
…………como os teus olhos
…………boca
…………quanto és

porque dessa união
nos nascerá um filho
primaveril e doce
a esconjurar invernos

 

in amor sempre e a seguir, 2009, pág. 31.

 

Português meu amor e língua minha

 

minha língua-mãe
confusa e linda
relampejas de luz
e crias trevas

onde flutua a tua omnisciência
que é dos nossos sonhos

o mar onde nos levas
a descobrir o mundo
o mundo avassalado
por capitães do lucro
e da ganância

esfarrapada e bela
velha e jovem
que outros irmãos te vistam
e alimentem
onde eu falhei vestir-te
de rainha

e te peço perdão
por esta minha torpe
insanável e tola
inconfidência

 

in folha a folha os dias, 2010, pág. 73.

 

Os pólos sensíveis

 

coração foi-me guitarra
quando coração havia
e o céu enchia e vazava
de meu amor e alegria

por isso eu pra ele olhava
e a melodia nascia

e havia uma pedra rara
que dentro de mim caía
e com ela me arrastava
a dias sem sol de luto
onde ninguém habitava
senão a mágoa sem fruto

mas sempre havia a guitarra

pra quem a tocava havia
dois mundos que se fechavam
mas que alternados se abriam
agora sonho o meu nada
cordas guitarra partidas

 

in o frio das metáforas, 2011, pág. 84.

 

Veleiro

 

qual a vela
salgada de um veleiro
enfuno e vou direto aos horizontes
sem escolher nenhum

eles que me escolham
extinto o raio verde da memória
a estrela da manhã
e a sua história

tanto que o vento sopra
sopra hinos
todos sacros de adeus

não voltarei

voltar é renegar o tempo ido
e isso eu não farei

 

in apostila (2015, edição póstuma), pág. 55.

 

 

BIOGRAFIA BREVE DO POETA ANTÓNIO VERA

 

Antonio Vera / Foto: divulgação

 

[José] António Vera [de Azevedo] nasceu em Lisboa, na freguesia das Mercês, a 22 de junho de 1923, e faleceu na mesma cidade a 26 de dezembro de 2012.

Trabalhou desde muito novo: foi empregado no comércio, agente de seguros, funcionário da Contabilidade Pública. De 1958 a 1987 trabalhou nos Serviços da Emigração como representante do governo português para os assuntos da emigração nos países de acolhimento e, já no final da sua carreira, como técnico superior, veio a aposentar-se da ex-Secretaria de Estado da Emigração e das Comunidades Portuguesas. Ao serviço da Emigração fez inúmeras viagens, tanto por Portugal como pelo estrangeiro, entre os quais se contam a maioria dos países americanos, vários da Europa, assim como no Irã, tendo-lhe sido necessário dominar fluentemente o Francês, o Inglês, o Castelhano e o Italiano. Completou diversos cursos, entre os quais o Curso Complementar dos Liceus (secção de Letras), o Curso Complementar de Comércio, o Curso do British Council, o da Alliance Française e o Instituto de Estudos Sociais, tendo‑lhe sido conferido o diploma de Política Social pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Também frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa, onde não concluiu estudos devido ao facto de não lhe ser permitido faltar ao trabalho para frequentar as aulas e por não existir ensino noturno. Entre 1947 e 1951 colaborou em várias publicações literárias, nomeadamente na Távola Redonda, fundada por António Manuel Couto Viana e David Mourão-Ferreira, nas revistas Seara Nova e Atlântico, e fez parte dos amigos da Árvore. Exemplos de alguns textos publicados nas revistas citadas acima: Seara Nova: 13/9/47; 1/11/47; 24/2/49; Távola Redonda: 5.º e 7.º fascículos; Atlântico: n.º 5; e revista de Outono de 1951. Foi citado como um dos seus amigos no número da revista Árvore – Primavera e Verão de 1952.

Inscreveu-se como sócio na Sociedade Portuguesa de Autores sob o n.º 4824. Conviva e amigo dos poetas Daniel Filipe e Raul de Carvalho, confraternizou também com José Osório de Oliveira e José Terra. Mas, por dever de ofício e contínuas viagens, não lhe foi possível manter contactos estreitos com estes amigos e outros cultivadores das letras portuguesas. De 1972 a 1974 foi o principal compilador e redator de uma revista informativa editada pelo então Secretariado Nacional da Emigração, o Correio do Secretariado, e de uma revista para jovens filhos de emigrantes, o Boletim da Amizade. Em fins de novembro de 1975, numa viagem de serviço no navio Eugénio C, que fez escala por Génova, e em consequência de uma atribulada mudança de camarote, perdeu uma volumosa coletânea de poesias que tencionava publicar no ano seguinte. Ao empenho extremadamente dedicado de sua filha, Maria José de Azevedo, se deve a publicação da sua obra poética, a qual compreende onze volumes: dez publicados em vida e um volume póstumo. António Vera é também contista e publicou um grande número de artigos ao longo de toda a sua vida.

Da bibliografia ativa do autor contam-se os seguintes volumes: cursivo menor (1998); palavas com rosto (2000); as pestanas de Afrodite (2001); escrito na margem (2003); sons que falam (2004); de amor e desengano (2005); estrofes elementares (2007); amor sempre e a seguir (2009); folha a folha os dias (2010); o frio das metáforas (2011); apostila (2015, edição póstuma). Está em perspetiva a publicação da obra do autor nos países de língua portuguesa.

 

Maria Lúcia Torres Lepecki nasceu em Araxá, Minas Gerais, em 1940. Licenciou-se e doutorou-se em Filologia Românica pela Universidade de Minas Gerais. Foi docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa desde 1970 (Professora catedrática em 1981). Membro do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias), membro da Associação Portuguesa de Escritores (1975-1977), vice-presidente da Associação Internacional de Lusitanistas (1984-1986), conferencista e professora visitante em várias universidades (Salamanca, Oxford, Budapeste, Varsóvia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brown). Investigadora, crítica literária, ensaísta e infatigável divulgadora das literaturas e culturas de expressão portuguesa.

 

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