Ciceroneando

 

Foto: Joice Kreiss

 

Como a Arte pode colaborar em meio a tempos tão difíceis quanto os que estamos testemunhando agora? Esta talvez seja uma das perguntas mais recorrentes que povoam a mente de quem produz e consome os produtos artísticos. Para nós que respiramos através das vias culturais, estar na arte significa também a busca por um caminho de libertação, que tanto passa por um nível de consciência sobre as coisas quanto por diferentes graus de fruição experimentados. Criadores nos apontam caminhos de reflexão crítica sobre nós mesmos e nosso mundo, mas também nos sugerem que podemos mergulhar em diferentes zonas de contemplação estética das coisas. Libertar-se pelas vias artísticas seria não um gesto de fuga, mas modo de não sucumbir pelas durezas da realidade acessando outras dimensões da experiência humana. Nesta edição que agora surge, trazemos conosco os versos de Marize Castro, Wilton Cardoso, Maitê Rosa Alegretti, Leonardo Bachiega e André Siqueira, todos eles a chacoalhar de algum modo nossas estruturas. No território da prosa, temos a companhia de Marcus Borgón, Julia Sereno e Vivian Pizzinga com suas narrativas eivadas de sintomas do existir. São de André Rosa as impressões sobre “Barroquinha”, romance de Carlos Vilarinho. No nosso Gramofone, giram, através das impressões de Larissa Mendes, as canções de “Espero Que Você Entenda”, mais recente disco da Flerte Flamingo. O emblemático “A Febre”, filme brasileiro dirigido por Maya Da-rin, é tema da resenha de Guilherme Preger. Numa entrevista concedida a Fabrício Brandão, o escritor Renato Tardivo fala dos desdobramentos de seu romance de estreia, “No instante do céu”, bem como outros percursos que remontam ao universo literário. Com seus mergulhos aprofundados na obra “Formas de cair & outros poemas”, de Sandro Ornellas, Rita Santana nos oferta suas mais atentas análises. Nosso 142º caminho editorial com a revista traz as fotografias de Joice Kreiss dialogando também com as palavras dispostas por todos os nossos recantos. De mãos dadas e contra qualquer forma de desprezo à Cultura, seguimos adiante trilhando os caminhos da Literatura e da Arte. Boas leituras!

Os Leveiros

 

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